quarta-feira, 22 de setembro de 2010

coluna, colete e dor (parte 2)

Já no hospital eu fiz uma Ressonância Magnética e um Raio-X da coluna (conselho de amiga: nunca entre em uma máquina de ressonância magnética se você estiver enjoada(o), não é legal). Um outro ortopedista da equipe do novo médico foi me ver e disse que pela ressônancia era possível ver com mais detalhes o que estava acontecendo: o disco intervertebral estava pressionando minha medula espinhal por isso eu sentia tanta dor e tinha perda da sensibilidade. Ele disse que eu tinha sorte por ser jovem e que por isso com repouso, medicamentos e fisioterapia talvez eu conseguisse não precisar passar por uma cirurgia de coluna. Ele explicou que, apesar de todo o quadro, a cirurgia ainda é o último recurso pois os resultados muitas vezes não são bons.

Fiquei quase uma semana no hospital. Com meu pai e meu namorado se revezando pra ficar comigo, me dar banho, me fazer andar, me trocar, me levar no banheiro. Tomava 4 ampolas de corticóide na veia por dia, além dos controlados pra dor. No último dia eu já me sentia bem melhor mas o pé esquerdo nunca mais seria o mesmo. A parte boa disso é que ele (o pé!) é meu indicativo de crises até hoje, se ele fica estranho eu sei que tem alguma coisa errada ;)

No último dia os dois médicos foram no quarto e me deram um ultimato: você tem que mudar de vida!! Vamos te dar licença médica do trabalho, receitaremos medicamentos e fisioterapia mas você TEM que emagrecer e aprender a conviver com sua coluna e cuidar dela. Saí do hospital com a prescrição de mais corticóides por via oral e um colete horroroso!!! Todo de metal e enooorme...

Acontece que eu não era mais a mesma pessoa de antes. E estava muito perdida. Fui para o INSS e o médico de lá me deu 2 meses de licença médica. Acontece que eu também não sabia se ia continuar trabalhando, mas também não queria deixar todo custo da faculdade nas costas do meu pai. E assim começou o conflito do trabalho. E junto com ele o conflito interno com o meu peso.

Eu estava com 71kg!! Nunca tinha pesado tanto... Eu tenho 1,59 de altura! E a ansiedade de saber que precisava emagrecer (o "mudar de vida") junto com todos os medicamentos que eu tomava não ajudavam em nada. A fisioterapeuta que me tratava olhava meus exames e a cara dela dizia tudo. Eu estava por assim dizer... fodida.

Mas eu ainda tinha a faculdade pra terminar, decisões pra tomar e muitas coisas pra descobrir...

Um comentário:

Patricia Cardoso disse...

puxa, quero saber do final! posta, posta!
bjs