quarta-feira, 22 de setembro de 2010

coluna, colete e dor (parte 1)

Atenção: post longo e pessoal que eu dividi em mais de uma parte. Mas veja pelo lado bom: tem um final feliz :D

Eu me lembro exatamente como tudo começou: 13 de setembro de 2008. Acordei com dor nas costas, mais precisamente na lombar. Era um sábado. Eu já estava tentando emagrecer e achei que era estresse stress?. Fiz uma aula de Pilates à tarde com um vídeo que achei na internet. Eu tinha tido uma reunião no trabalho no dia anterior e tinha sido muito tenso, porque depois de tudo o que foi dito ainda precisei ficar lá dentro com 3 "cobras" por mais 7 horas. E eu tenho certeza que tudo começou ali. Minhas provas começavam na segunda seguinte.
Continuei com a dor na lombar por mais duas semanas, tomava medicamentos pra ir suportando a dor. Passei dos analgésicos para os antiinflamatórios em poucos dias.

Em um mesmo dia cheguei a tomar 12 comprimidos entre paracetamol, ibuprofeno e piroxicam. E além da dor nas costas já sentia dor de estômago. Acabei indo parar em um massagista que me estalou inteira e fiquei 2(!) horas sem dor, depois ela voltou como se nada tivesse acontecido. Na última sexta-feira de setembro (dia da última prova) eu já estava andando curvada pra frente, sentia dor pra respirar, ao espirrar e pra ir ao banheiro. Marquei com um ortopedista que só tinha consulta pra semana seguinte. Mantive minha rotina louca: saía de casa às 7 da manhã e chegava meia-noite (todos os dias).

Na semana da consulta com o ortopedista eu sentia um formigamento esquisito nas panturrilhas. Eu pensava que podiam ser varizes (?!?) ou estresse porque o ambiente de trabalho tinha se tornado um campo de guerra e o clima era horrível. Quando finalmente consegui ir no ortopedista eu já tinha melhorado um pouco, não sentia tantas dores e o formigamento tinha melhorado. Ele pediu uma tomografia e me indicou acupuntura também, que comecei a fazer naquela mesma semana.

Eu não sabia nada sobre hérnia de disco. Uma colega de trabalho tinha sido operada do mesmo problema mas eu nunca tinha lido nada mais a fundo sobre o assunto. Só que com o diagnóstico nada foi resolvido, nem com a acupuntura. E eu só ia piorando, não conseguia ir ao banheiro mais, nem respirar direito eu conseguia. Tossir ou espirrar estava fora de cogitação e nesse ponto eu não sentia mais as pontinhas dos dedos do pé esquerdo. Fui ficando apavorada e com cada vez mais dor. O médico me deu uma semana de licença de tudo e me medicou com um analgésico controlado. Resultado: passei uma semana em casa como um zumbi mas não sentia mais dor. Mas no primeiro dia da volta às minhas atividades já senti dores fortíssimas. Daquelas dores que te causam até náuseas.

A partir daí as coisas ficaram confusas na minha cabeça e eu perdi um pouco da cronologia de tudo. Tomava 6 comprimidos dos controlados por dia, vivia enjoada e fora do ar. E numa segunda-feira em novembro eu sentia muita, muita, muita dor e lembro que me levantei pra ir da biblioteca da faculdade até o meu bloco pra fazer prova e no meio do caminho eu não sentia o pé esquerdo inteiro e metade da perna esquerda (dor do tipo "meia", é como se você calçasse uma meia de dor). Me levaram pro hospital e lá me medicaram... esperei meu pai que me levou a um outro médico pra uma segunda opinião que na hora que me viu e me examinou já me diagnosticou com Síndrome da Cauda Equina. A sensibilidade estava comprometida até na virilha. Do consultório médico voltei pro hospital pra ser internada.

(continua)

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