terça-feira, 17 de janeiro de 2012

decisão

Após uma longa conversa com o noivo ontem eu me lembrei de uma sensação muito, muito ruim que eu senti logo que me formei e saí da primeira faculdade em 2003. Aquela sensação de desespero, do eu-não-sei-nada, do eu-não-tenho-emprego-nem-perspectiva. E, assim, eu havia me esquecido de como isso é ruim e de como sentir-me assim me tirou inúmeras noites de sono e.. bem, você entendeu!



De um tempo pra cá estou me sentindo muito cansada, estressada e extremamente irritada com tudo. Eu tenho atribuído isto ao meu trabalho da noite (sem trocadilhos infames, please) e tenho considerado muito em sair dele e ficar só com o day-job. Mas ontem, Respectivo lembrou-me do quanto eu desejei esse emprego. E do quanto eu consegui graças a ele, sabe? E não importa o que aconteça e o que mude eu sou concursada lá e isso me confere uma estabilidade.

A verdade é que passei o dia pesando várias coisas. E agora, à noite me ocorreu que sabe? Eu tô estressada mesmo e cansada e irritada mas isso é consequência de inúmeras coisas. Festa de casamento, reformas na casa, mudanças, conflitos e todas as coisas que envolvem esse período da minha vida atual.


Ainda no quesito "pesando" eu pesei vários aspectos da minha personalidade e as coisas que eu gosto de ter/fazer. E que seriam incompatíveis com um único emprego. Gosto de sair pra comer fora, gosto de comprar coisas bonitas, gosto de ter o conforto de poder ir aos lugares de carro a hora que eu quiser/precisar, gosto de fazer uma reserva "pra quando precisar" (aprendi isso com meu futuro marido) ... gosto de cinema e de shopping. 


E daí também que não gosto de depender das pessoas, me chame de auto-suficiente ou feminista. Independência é algo que prezo muito. Nunca tinha tido pois meu pai nunca me fez trabalhar e sempre pagou tudo, mas conquistar as coisas com nosso próprio esforço é muito melhor!! Acredito que talvez tenho sido este o erro mais grave do meu pai na minha educação.

A decisão (no momento) então é esta: ficarei com os dois. Até eu aguentar, até aparecer outra coisa, enquanto der. Porque eu quero deixar a casa com a nossa cara, porque eu quero poder ter um impulso consumista de vez em quando, porque eu quero uma festa bonita, porque eu quero montar um escritório bacana e porque eu sou responsável por mim mesmo. Sou adulta e devo prover pra mim mesma, sejam as coisas básicas necessárias ou as supérfluas que dão um ânimo. E porque ter responsabilidade é assim.

Um comentário:

Patricia Cardoso disse...

é querida, ser gente grande não é fácil. Força na peruca, mas respeite seus limites também!
bjs